Na manhã da última quarta-feira (08), o
Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), com apoio do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), deflagrou uma operação denominada
“Operação Leite Compensado” que culminou com a prisão de oito pessoas suspeitas
de estarem envolvidas na adulteração do leite UHT em diversas regiões do estado
do Rio Grande do Sul. Eles eram responsáveis pelo transporte do leite do
produtor rural até as cooperativas, onde o produto seria industrializado.
As investigações descobriram que cinco
empresas responsáveis pelo transporte do leite estavam adulterando os produtos
com intuito de aumentar o volume final. Uma das formas de adulteração
identificada é a adição de uma substância semelhante à ureia e que possui formol
em sua composição, na proporção de 1kg deste produto para 90 litros de água e
mil litros de leite, mantendo assim as características do produto.
Os promotores suspeitam que o total de
leite movimentado pelo grupo, no período de um ano, chega a 100 milhões de
litros. Mais de 100 toneladas de ureia foram compradas pelos envolvidos para
utilização na prática criminosa, que é inclusive considerada crime hediondo.
O diretor-executivo do Sindicato das
Indústrias de Laticínios e Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan
Pagliarini, afirmou em entrevista que "as empresas são vítimas desse
processo. O sindicato tentou agir para coibir essa fraude. Já foi feito o
recall desses produtos, e não existem mais os lotes nos supermercados. Quanto à
quantidade de formol, nem o ministério tem a resposta".
As marcas onde foram encontrados traços
de adulteração são as seguintes: Italac Integral (Lotes L05KM3, L13KM3, L18KM3,
L22KM4 e L23KM1), Italac Semidesnatado (L12KM1), Líder UHT Integral (Lote
TAP1MB), Mumu UHT Integral (Lote 3ARC), Latvida UHT Desnatado (com fabricação
em 16 de fevereiro de 2013 e validade até 16 de junho de 2013).
A orientação das autoridades é para que
os produtos dos lotes adulterados não sejam consumidos, e caso as pessoas
possuam o produto em casa, ou encontrem disponível no mercado, entrem em
contato com o Ministério Público. Já foi realizado um recall dos lotes
adulterados, mas todo cuidado é pouco, pois a substância usada na adulteração é
considerada altamente cancerígena pela Agência Internacional para Pesquisa
sobre Câncer e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Fontes: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/05/confira-lista-de-lotes-de-leite-nao-recomendados-para-consumo-no-rs.html
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/05/empresa-e-interditada-apos-operacao-sobre-adulteracao-no-leite-no-rs.html
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/05/09/mais-um-suspeito-e-preso-em-operacao-contra-fraude-do-leite.htm