Segundo dados fornecidos pelo
Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura no último dia 22
de abril, os financiamentos para a agricultura empresarial somaram R$ 84,9
bilhões entre julho de 2012 e março de 2013, o que representa alta de 25,1%
sobre o mesmo período da safra anterior.
O cenário mostra que nos últimos 13
anos o financiamento agrícola evoluiu significativamente, passando de R$ 31
bilhões em 2000 para R$ 82 bilhões em 2010. Os aumentos são mais expressivos
ainda quando comparadas as variações absolutas, de forma a isolar os valores
destinados aos produtores rurais e às cooperativas.
O total contratado no Plano Agrícola e
Pecuário 2012/2013 representa 73,7% dos recursos previstos para a safra atual,
sendo financiados deste montante R$ 63 bilhões para as modalidades de custeio e
comercialização e R$ 21,8 bilhões para concessão de crédito.
Ressalta-se que este aumento demanda
alguns fatores relevantes que facilitam a aquisição de um financiamento rural,
além do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), Programa
de Sustentação de Investimento (PSI-BK) e o Programa Agricultura de Baixa
Emissão de Carbono (ABC), evidencia-se também o crédito rural ofertado por
instituições financeiras, com condições estabelecidas no Manual de Crédito
Rural (MCR) podendo ser definido como um forte aparato legal e de
procedimentos, com normas específicas aplicadas às cooperativas agropecuárias.
Nele estão explicitadas regras para
aplicações destinadas ao custeio, investimento ou comercialização, como
atividades próprias, além do suprimento de recursos para atendimento aos
cooperados, integralização de cotas-partes, antecipação de valores da taxa de
retenção e repasse ao quadro social. Trata-se de um mecanismo criado para
viabilizar a produção agropecuária brasileira e, consequentemente, a renda dos
agricultores e pecuaristas.
De acordo com o secretário de Política
Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri
Geller, “a desburocratização para aquisição de financiamentos” e a maior
participação do setor na discussão dos planos de governo estão entre os
principais fatores para a elevação das contratações de empréstimos, assim como
a redução das taxas de juros.
Contudo, o Brasil é referência no
financiamento agrícola, exportando seu modelo a países como Sérvia, Ucrânia,
Rússia e Bulgária.
Fontes: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI336237-18077,00-EMPRESTIMOS
PARA AGRICULTURA EMPRESARIAL CRESCEM.html
http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2013/04/emprestimos-para-agricultura-empresarial-somam-r-84-9-bilhoes-4114125.html
http://www.agroanalysis.com.br/especiais_detalhe.php?idEspecial=101&ordem=2
http://www.folha.uol.com.br/fsp/mercado/8770-brasil-exporta-modelo-de-financiamento-agricola.shtml