Atualmente diversas empresas envolvidas
no agronegócio enfrentam um grande problema: o caos logístico. Em recente entrevista dada ao site G1,
Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura e coordenador do Centro de Agronegócios
da Fundação Getúlio Vargas, “expert” no agronegócio, afirma que o caos
logístico deve perdurar pelas próximas safras.
Ele aponta que não há o que se fazer
para essa problemática, que está ligada a insuficiência de meios de transporte
capazes de escoar a safra até o porto, ou seja, nenhuma medida emergencial será
capaz de reverter o quadro atual deste sistema.
O ex-ministro também expõe sua
indignação e informa que é inadmissível que caminhões fiquem parados até três
dias, e navios parados até dois meses, mas também não aponta uma solução
concreta e eficaz para o caso.
O tema também está sendo discutido e
estudado pelo Governo Federal, mas não existem soluções imediatas, tendo em
vista a complexidade da situação. O desafio é grande, pois é preciso
transportar 81 milhões toneladas de soja, além de outras 73 milhões de
toneladas de milho e mais 28 milhões de toneladas de outros grãos para os
centros de consumo e portos de exportação da safra de 2013.
Para ajudar há a nova Lei que
regulamentou a jornada de trabalho dos caminhoneiros, que para a Associação
Brasileira do Agronegócio - Abag, aprofunda o desequilíbrio entre oferta e
demanda por serviços de transporte e modifica toda a execução de trabalho
destes profissionais.
O diretor executivo da Abag, Eduardo
Soares de Camargo, informou que o produtor brasileiro reclama da logística e
com razão. “Eles estão insatisfeitos com o custo de frete, os impostos, a
demora dos navios para poder embarcar as mercadorias e a falta de investimentos
em ferrovias, rodovias e hidrovias.”
Conclui-se que as medidas para obtenção
da solução deste problema, como por exemplo, a construção de ferrovias,
rodovias, hidrovias e até mesmo os portos secos, não podem ser realizadas e
efetivamente concretizadas apenas pela iniciativa privada, mas devem contar também
com o apoio Governo Federal, com o planejamento de medidas especiais para
diminuir impactos e prejuízos.
As medidas devem ser tomadas com
caráter de urgência, visto que os prejuízos para as empresas do ramo do
agronegócio são milionários, e o impacto na economia é cada vez maior.
Assim, diante da situação colocada,
indaga-se, até quando irá perdurar o caos logístico?
Fontes: http://www.abag.com.br/index.php?mpg=03.02.00&acao=ver&id=284&pg=0
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2013/04/caos-logistico-no-brasil-deve-persistir-diz-roberto-rodrigues.html