Brasil quer investir no escoamento de sua produção

14/11/2013

Estudos concluem que a Região Centro-Oeste do país precisa de investimentos de R$ 36,4 bilhões até 2020 para garantir o escoamento ágil e eficiente da produção agropecuária. Este valor será necessário para execução de 106 projetos prioritários no intuito de ampliar e modernizar a infraestrutura de transportes no Distrito Federal (DF), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Investimento que vem em uma boa hora, visto que o país sofre com o escoamento de grãos. 

A pesquisa, coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), deu origem ao Projeto Centro-Oeste Competitivo, como parte dos estudos das necessidades prioritárias do país, já executado nas regiões Norte, Nordeste e Sul. No entanto, na região Sudeste o mapeamento deve ficar pronto em meados de 2014. 

O Projeto Centro-Oeste Competitivo assegura que o setor produtivo da região gasta R$ 60,9 bilhões ao ano com o transporte de cargas, equivalentes a 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no DF e nos três Estados. Gastos que podem ser abatidos em R$ 7,2 bilhões por ano com a execução dos projetos prioritários para a construção de uma malha logística adequada. 

Segundo a senadora Kátia Abreu, o Centro-Oeste brasileiro é responsável por quase metade dos grãos produzidos no país, embora 56% da produção sejam acima do Paralelo 16, apenas 14% são escoados pelos portos do Norte e do Nordeste. Só com investimentos maciços em infraestrutura, diz a senadora, aproveitando os rios, “será possível inverter essa lógica que sobrecarrega os portos do Sul e do Sudeste, baixar os custos do transporte e preservar o meio ambiente”.

Já o presidente da CNI Robson Andrade, ao identificar os investimentos que mais ajudariam a diminuir o custo logístico do país, os empresários contribuem para o planejamento governamental de médio e longo prazo. Segundo ele, “a indústria pode e quer participar do esforço para recuperar e modernizar a infraestrutura do país”, pois uma rede de transporte integrada e eficiente “facilita a distribuição dos produtos, reduz os custos e aumenta a competitividade brasileira”.

O Centro-Oeste Competitivo ressalta que das 106 obras prioritárias para a região, 19 (16,4%) estão em andamento. As demais estão em fase de projeto ou apenas nos planos governamentais. O levantamento da CNI e da CNA identificou 26 projetos no transporte ferroviário, com custos de R$ 17,5 bilhões; 24 projetos na estrutura portuária, que vão exigir R$ 8,4 bilhões; e 34 obras essenciais para melhorar o transporte fluvial, com investimentos de R$ 6,7 bilhões. 

Este projeto é a quarta publicação da série Estudos Regionais de Competitividade, que estão sendo patrocinados pela CNI e federações estaduais da indústria. Nos quatro estudos foram identificadas cerca de 205 obras prioritárias, chegando a um montante de R$ 55 bilhões nos próximos sete anos.

Fontes:

http://www.portaldoagronegocio.com.br/noticia/centro-oeste-precisa-de-r-364-bilhoes-ate-2020-para-escoamento-da-producao-99585 

 

http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common

 


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